As Partículas elementares
Você já se perguntou do que as “coisas” são feitas?
Talvez, sua resposta inicial é que as “coisas” são formadas por átomos. E, você está certo em pensar assim! Você também deve saber que um átomo é constituído por estruturas menores: prótons, nêutrons e elétrons. Talvez, a novidade é saber que algumas dessas partículas apresentam estruturas menores ainda, as partículas elementares. Essas partículas carregam esse nome, pois são estruturas que não podem ser “quebradas”, ou seja, são partículas fundamentais e que formam tudo a nossa volta.
Das partículas que constituem um átomo, apenas o elétron é uma partícula elementar. Os prótons e nêutrons apresentam estruturas internas, os dois apresentam 3 quarks que se mantém unidos por glúons. Vamos dar uma pausa antes que você se confunda com esses nomes, mas voltaremos a discuti-los em breve!
A teoria física que melhor descreve as partículas elementares e suas interações é conhecida como Modelo Padrão. Segundo essa teoria, as partículas elementares se dividem em 2 grupos: as partículas que formam a matéria (=Férmions) e as partículas responsáveis pelas interações fundamentais (=Bósons).
PARTE 1: As partículas que constituem a matéria (= Férmions)
Até onde conhecemos, a matéria representa menos de 5% do Universo e, ela pode ser dividida em 2 famílias de partículas elementares, os quarks e os léptons.
Clique em cada uma das abas abaixo para saber mais sobre essas partículas!
Os quarks aparecem em 6 tipos: up, down, charm, strange, top e botton. Cada tipo pode aparecer em 3 “cores” diferentes (vermelho, verde e azul), totalizando 18 quarks distintos.
Na natureza, os quarks são encontrados em grupos, estruturas conhecidas como Hádrons. Esses hádrons podem ser classificados em Bárions (estruturas de 3 quarks) ou Mésons (estruturas de 1 quark e 1 antiquark).
Os prótons e nêutrons são exemplos de bárions, apresentando 3 quarks cada um conforme a ilustração.
Obs.: Existem regras para esse agrupamento, mas não serão discutidas neste texto.
Os léptons também aparecem em 6 tipos: elétron, neutrino do elétron, múon, neutrino do múon, tau e neutrino do tau. Note que temos 3 tipos de neutrinos!
Essas partículas não se agrupam entre si como os quarks.
Ao todo, a matéria é constituída de 24 partículas elementares: 6 léptons e 18 quarks.
PARTE 2: Antimatéria e antipartículas
Ao ouvir a palavra antimatéria, muitos pensam em algo muito complexo e bem distante da compreensão de um leigo. Porém, a ideia de antimatéria é bem simples!
A antimatéria é praticamente um irmão gêmeo da matéria, enquanto a matéria é constituída de partículas, a antimatéria é constituída de antipartículas.
CEREBITO EXPLICA: Antipartícula
Em geral, a partículas e sua antipartícula apresentam algumas propriedades idênticas, como: a massa e o spin.
Vimos a pouco que as “coisas” são feitas de matéria, sendo que a matéria é formada por prótons, nêutrons e elétrons. De maneira análoga, a antimatéria é feita de antiprótons, antinêutrons e antielétrons (=pósitron). Enquanto o próton tem carga elétrica positiva, o antipróton tem carga elétrica negativa. Enquanto o elétron tem carga negativa, o pósitron tem carga positiva. E, assim por diante.
Clique na aba abaixo para saber quem são as antipartículas e algumas curiosidades!
Para cada quark e cada lépton existe uma respectiva antipartícula, os antiquarks e os antiléptons, eles estão apresentados nas tabelas a seguir. Note que temos 3 antineutrinos!
Representação
Para fins didáticos, toda vez que nos referirmos a antimatéria utilizaremos uma barra sobre o símbolo que representa a matéria. Exemplo:
Curiosidade 1: Aniquilação matéria-antimatéria
Um fato interessante sobre o tema é que quando a matéria e a antimatéria se encontram, elas se aniquilam. Por exemplo, um pósitron deixa de existir rapidamente após encontrar um elétron.
Curiosidade 2: Assimetria matéria-antimatéria
Acredita-se que no início do Universo havia um pouquinho a mais de matéria em relação a antimatéria, após aniquilarem restou a matéria que conhecemos hoje. Logo, podemos deduzir que a antimatéria possui um tempo curto de vida, pois ao encontrar a matéria, deixa de existir. Isso explica a dificuldade dos cientistas em estudar a antimatéria.
Para saber mais da antimatéria, clique no endereço abaixo. Não deixe de ler!
https://www.symmetrymagazine.org/article/april-2015/ten-things-you-might-not-know-about-antimatter
Ao todo, temos 24 partículas elementares que constitui a antimatéria: 6 antiléptons e 18 antiquarks.
PARTE 3: As partículas que mediam as interações (=Bósons)
Toda matéria que observamos se mantém unida e estável graças as interações fundamentais, as quais ocorrem por meio das partículas mediadoras.
Clique em cada uma das abas abaixo para saber mais!
As partículas mediadoras são: o fóton, os glúons (existem 8 tipos), os bósons de interação fraca (Z, W+ e W–) e o gráviton (nunca detectado e desprezível no mundo subatômico).
Essas partículas são responsáveis por mediar as 4 interações fundamentais da natureza: Forte, Fraca, Eletromagnética e Gravitacional.
Para cada uma das interações é associada uma partícula mediadora.
A Interação Eletromagnética tem o fóton como partícula mediadora.
A Interação Forte tem o glúon como partícula mediadora.
A Interação Fraca tem o bóson de interação fraca como partícula mediadora.
A Interação Gravitacional tem o gráviton como partícula mediadora.